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LAURA ANTILLANO
Nasceu em Caracas, Venezuela, em 1950.
Poeta, novelista e crítica de cinema e fotografia.
Graduada em Letras de LUZ. Estudos especializados no Chile e Estados Unidos.
Foi professora de literatura na LUZ.
Pertenceu ao grupo literário La Mandragora. Colaborou com Zona Franca e com a revista Imagen. Distinguiu-se no Segundo Prêmio "Miguel Otero Silva" da Editorial Planeta, com seu romance Solitaria solidaria, em 1990.
Autora do poemário Las paredes de sueño (1981).
TEXTOS EM ESPAÑOL – TEXTOS EM PORTUGUÊS
FESTIVAL MUNDIAL DE POESIA 3er. - ÁFRICA / AMÉRICA / ASIA / EUROPA / OCEANIA. Antologia 2007. Caracas: Casa Nacional de las Letras Andrés Bello, 2006. S. p.
Ex. bibl. Antonio Miranda
CEMENTERIO DE NAGUANAGUA
Yo soy tu cementerio
y el rumbo de las estrellas
VICENTE GERBASI
El tronco
del guayabo es un tallo
de dibujadas capas,
se dobla ante una tumba,
parece mirarla
con humildad,
los pájaros esparcen semillas
alrededor
de los mausoleos,
la efigie de un ángel
muestra
el rigor
profético de su vigilia,
un gris suave se
difumina
fundiéndose con el cielo;
los sepultureros
sacan piedras
en la carretilla,
atraviesan los delgados caminos
entre las tumbas,
llevan tierra a la fosa,
para próxima sepultura.
Humilde cementerio
flor de invierno,
los nombres en las lápidas
dejan al tiempo borrar
sus caracteres,
el olvido renasce a
cada paso,
lluvia y sol,
viento inesperado,
las cenizas nada esperan,
otros nacen
en continuo recomienzo.
PALABRAS PARA JULIA
La solemnidad
nada vale a
esta hora.
Mejor es
el silencio
en su plenitud
y despacio,
dejándonos mirar
esa montaña
desde la ventana
¿cómo decirle?
Hay imponderables,
la montaña se eleva
¿la ves?
Está
detrás del edificio,
inconmovible
allí se queda.
Tú sigues
esperando una respuesta
que no puedo
darte,
¡hay tanto
que no sabemos!
El azar
hija mía,
sólo el azar,
y la esperanza,
como
un carbón encendido.
Siéntate aquí
conmigo,
miremos juntas
esa línea de la montaña
al fondo
y dejemos
pasar el tiempo,
intentaremos llegar
más allá
del piedemonte,
y entonces
daré las gracias.
Abril 2005
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda
CEMITÉRIO DE NAGUANAGUA
Eu sou o teu cemitério
e o rumo das estrelas
VICENTE GERBASI
O tronco
da goiabeira é um talo
de desenhadas capas,
dobrada diante uma tumba,
parece mirar-la
com humildade,
os pásaros espalham sementes
arredor
dos mausoleus,
a efígie de um anjo
revela
o rigor
profético de sua vigília,
um cinza suave se
difumina
fundindo-se com o céu;
os sepultadores
retiram pedras
no carrinho de mão,
atravessam os estreitos caminhos
entre as tumbas,
levam terra à fossa,
para a próxima sepultura.
Humilde cemitério
flor de inverno,
os nomes nas lápides
deixam o tempo apagar
seus caracteres,
o olvido renasce a
cada passo,
chuva e sol,
vento inesperado,
as cinzas nada esperam,
outros nascem
em contínuo recomeço.
PALAVRAS PARA JULIA
A solenidade
não vale nada a
esta hora.
Melhor é
o silêncio
em sua plenitude
e devagar,
deixando-nos mirar
essa montanha
desde a janela
como diozer-lhe?
Há imponderáveis,
a montaña se eleva
vês?
Está
detrás do edifício,
insensível
ali ela fica.
Tu segues
esperando uma resposta
que não posso
dar-te,
faz tanto tempo
que não sabemos!
A sorte
filha minha,
somente a sorte,
e a esperança,
como
um carbono aceso.
Senta aqui
comigo,
miremos juntas
essa linha da montanha
lá no fundo
e deixemos
passar o tempo,
tentaremos chegar
além
do sopé da montanha,
e então
agradecerei..
Abril 2005
*
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Página publicada em maio de 2021
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